pH vaginal: quais os cuidados que o calor exige

Precisamos falar de um tema que pouco abordamos por aqui, mas que tem ligação direta com muitos problemas que podem surgir na nossa ppk: o pH vaginal.

A vagina possui um ecossistema microbiano com níveis variados de pH. Um desequilíbrio nesse ecossistema pode alterar o pH vaginal e, a partir disso, causar problemas como a vaginite e a candidíase.

Então, vamos ver se você está afiada nas aulas de química 😅 e também te ajudar a entender um pouco mais sobre os níveis de pH.

pH vaginal

O nível de pH tem tudo a ver com a saúde vaginal. Você deve se lembrar (das aulas de química) que o pH naturalmente neutro é igual a 7. Quando falamos do pH vaginal normal, ele varia entre 3,8 e 5,0, o que é moderadamente ácido.

Mas esses níveis podem sofrer variações ao longo da vida. 

Uma mulher em idade reprodutiva pode ter um pH que varia de 4,0 a 4,5. No entanto, em mulheres na pré-menarca (antes da primeira menstruação) e na pós-menopausa (após a última menstruação), esse valor tende a ser ligeiramente superior a 4,5.

Outros fatores que podem alterar os níveis do pH são: hidratação vaginal, tipo de alimentação, uso de antibióticos, duchas vaginais, ciclos menstruais e, especialmente, se você tem relações sexuais sem camisinha, pois o esperma pode alterar o pH da vagina.

Como saber se o pH vaginal está alterado

Quando o pH vaginal está em desequilíbrio, é um sinal de que o corpo está suscetível à entrada de bactérias “ruins” e fungos. E como tudo relacionado ao funcionamento do nosso corpo, ele dá alertas de que algo não está tão legal como deveria. 

Sintomas do pH vaginal alterado

Existem alguns sintomas que podem auxiliar no processo de identificação do pH vaginal alterado. São eles:

Como equilibrar o pH vaginal

Algumas práticas podem colaborar para deixar o pH vaginal equilibrado:

Por fim, em dias de calor, atenção com biquínis molhados. Ficar muito tempo com eles no corpo pode alterar a flora vaginal.

Para tratar o pH que já se encontra desequilibrado, o ginecologista pode prescrever cremes, pomadas e comprimidos. Mas, não faça a automedicação, tá? Só o profissional da saúde poderá indicar o tratamento correto para o seu caso.

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.