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Métodos contraceptivos femininos. Conheça as opções 

14 de abr de 2023
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Será que você sabe o que são métodos contraceptivos femininos? Te explicaremos cada método e quais são as suas opções. Vem saber mais sobre o assunto!

É impossível falar em vida sexual responsável sem falar sobre contracepção. Se a gravidez não está nos seus planos, não tem jeito: é preciso se prevenir. Há várias opções para as mulheres escolherem como se proteger, e é sobre os métodos contraceptivos femininos que vamos falar agora.

 

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Contraceptivos femininos

Antes de qualquer coisa, precisamos destacar que os métodos que vamos apresentar só possuem a função de evitar a gravidez. Ou seja: a camisinha continua sendo indispensável para a prevenção de doenças e infecções sexualmente transmissíveis

 

E mais: nenhum método sozinho é 100% garantido, portanto, somente a combinação com o preservativo vai te deixar realmente protegida. 

 

Métodos de longa ação

Abaixo estão os principais métodos contraceptivos de longa duração ou LARCs (sigla em inglês que significa Long-Acting Reversible Contraception):

 

  • Dispositivo intrauterino (DIU)

O DIU possui a versão hormonal e não hormonal. O DIU de cobre não possui hormônios e tem duração média de 10 anos. Ele, como diz o nome, é feito de cobre, material que é liberado aos poucos no útero promovendo mudanças bioquímicas no endométrio (uma camada do útero) e no muco cervical. Desse jeito, impede os espermatozoides de chegarem até o óvulo. Os contras do DIU de cobre são possibilidade de aumento do sangramento menstrual e intensificação de cólica menstrual em algumas pessoas

 

Há, ainda, o DIU de cobre e prata. Ele também é feito de cobre, mas tem junto um fio de prata, com a função de diminuir a fragmentação do cobre no organismo. O uso da prata associado promete aumentar a eficácia do DIU e diminuir a chance de intensificar o fluxo menstrual e a cólica

 

Já o DIU hormonal libera no corpo da mulher quantidades de lervonegestrel, um tipo de hormônio feito em laboratório que impede a gravidez. Esse tipo de DIU leva à atrofia do tecido uterino, cessa o fluxo menstrual e reduz as cólicas. Sua duração pode chegar a sete anos. Ele serve, ainda, para o tratamento de doenças como adenomiose e endometriose, quando indicado pelo ginecologista

 

  • Implante contraceptivo 

O implante contraceptivo é um dispositivo plástico colocado na subderme (uma camada da pele). Ele age liberando de forma contínua hormônios, que inibem a ovulação, além de promover alterações no tecido uterino que fazem com que o ambiente seja menos propício para o espermatozoide. O implante deve ser trocado a cada três anos e tem uma taxa de eficácia de 99,9%.

 

Métodos de curta ação

Há, ainda, os chamados métodos contraceptivos de cura duração. São eles:

 

  • Pílula anticoncepcional

O método mais utilizado pelas mulheres, a pílula reúne uma combinação de hormônios que inibem a ovulação e impedem a gravidez. A cartela é composta por 21 comprimidos, que devem ser tomados todos os dias, no mesmo horário. Ao final, é feito um intervalo de 7 dias, para vir a menstruação. A eficácia pode chegar a 99,7%. No entanto, se houver erro nos horários para tomar a pílula, a eficácia cai para uns 91%.

 

  • Anel vaginal

Trata-se de um anel de silicone, bem parecido com um elástico de cabelo. Ele é inserido no canal vaginal por 21 dias. Depois, deve-se retirar por 7 dias e depois colocar outro. Quando colocado, o anel libera hormônios direto no útero. No uso perfeito, ou seja, quando colocado corretamente e trocado na época certa, tem eficácia de 99,7%.

 

  • Injeção com hormônio

Este é um método de simples aplicação, podendo ser mensal ou trimestral. Sua ação é da mesma forma que o implante, ou seja, libera hormônios lentamente no organismo. Se a data de reaplicação for respeitada, a eficácia pode passar de 99%.

 

  • Adesivo cutâneo

Funciona como um adesivo mesmo, que, ao ser colado na pele, libera dois hormônios, a progesterona e o estrogênio, na corrente sanguínea. Ele tem a função de inibir a ovulação por 21 dias. Assim como a pílula, o uso deve ser interrompido por 7 dias por mês. Tem uma eficácia "perfeita" de 99,7%, mas errar o dia da troca ou não colocar o novo adesivo corretamente baixa essa porcentagem para 91%.

 

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Outros métodos contraceptivos

Outros recursos que podem ser usados como combinação ou caso haja falha em um dos métodos contraceptivos:

 

  • Tabelinha

Por meio do acompanhamento do calendário menstrual, é possível saber qual o período fértil e, assim, evitar relações sexuais desprotegidas nesses dias. Mas atenção: esse método não é muito eficaz, uma vez que nosso ciclo pode ter alterações de um mês para o outro. Um estudo da universidade de Princeton mostrou que de 100 casais que seguiam apenas esse método contraceptivo, 24 tiveram um bebê no período de um ano. Então, se você não quiser entrar nessa estatística, já sabe, né?

 

  • Coito interrompido

Acontece quando o casal faz sexo com penetração, sem proteção, e o homem não ejacula dentro da vagina. Ou seja: ele retira o pênis quando sente que vai gozar. Precisa dizer que esse também não é um método confiável? Mesmo antes da ejaculação, o líquido que o pênis produz para lubrificação já contém espermatozoides, mesmo que em uma baixa porcentagem. E como contar com o total controle do parceiro? Arriscado.

 

  • Pílula do dia seguinte

Embora esse método impeça a gravidez, ele não deve ser usado como um método de rotina, uma vez que tem uma alta concentração de hormônios, o que causa efeitos colaterais. A PDS foi pensada para uma situação emergencial (quando a camisinha estoura no seu período fértil, por exemplo). E atenção: ela perde a eficácia se usada muitas vezes, e por isso não deve nem ser considerada como método contraceptivo. A recomendação é usá-la, no máximo, três vezes no ano. 

 

Só para reforçar: quer garantir proteção? Camisinha sempre! 

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.


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