Cólica muito forte pode ser dismenorreia. Vem entender

É bem comum que, mês após mês, muitas pessoas que menstruam recebam um certo “aviso” desagradável de que os dias de sangramento estão próximos. Sim, estamos falando dela, a cólica menstrual! Embora esse sintoma seja muito naturalizado, quando vem muito forte pode, na verdade, se tratar de uma dismenorreia. 

Bora entender melhor do que se trata!

Dismenorreia

Alguém já te disse, alguma vez, que a sua cólica menstrual era “frescura” ou “exagero”? Primeiro que, se a resposta for positiva, lamentamos muito essa falta de sensibilidade alheia. Segundo, não dê ouvidos para quem tenta menosprezar qualquer dor, sentimento ou incômodo que você tenha! 

A verdade é que a cólica pode, sim, ser considerada uma patologia que atrapalha a sua qualidade de vida. Mas, de forma alguma, isso quer dizer que você precisa conviver com ela, viu? A cólica menstrual forte, na verdade, pode ser um sinal de que algo não está funcionando tão bem no seu organismo. 

O que é dismenorreia

O termo dismenorreia tem origem grega e significa “fluxo menstrual difícil”. Essa palavra é usada para denominar as cólicas menstruais bem dolorosas, que ocorrem um pouco antes de o sangramento iniciar e também durante a menstruação. A dor, nesse caso, se concentra na região do baixo ventre ou na lombar.

Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), estima-se que 52% das adolescentes são afetadas pela dismenorreia e cerca de 10% delas ficam incapacitadas para o trabalho e outras atividades por 1 a 3 dias todo mês.

Sintomas da dismenorreia

Além da dor da cólica menstrual, a dismenorreia pode vir acompanhada de outros sintomas, como:

Mas é preciso saber que a dismenorreia é dividida em duas categorias. São elas:

1. Dismenorreia primária: é a cólica que se manifesta no início de cada ciclo menstrual e permanece durante os primeiros dias de menstruação. Ela ocorre devido à liberação de uma substância chamada prostaglandina, que é a responsável por eliminar a camada extra de endométrio formada para receber o óvulo fecundado.

2. Dismenorreia secundária: esse tipo merece uma atenção especial. Isso porque ela pode ser causada por alguma doença, como síndrome do ovário policístico, adenomiose ou endometriose.

É essencial que se faça uma investigação bem completa e profunda para descobrir a causa e, a partir disso, encontrar o melhor tratamento para controlar as cólicas. Esse tratamento pode envolver desde o uso de contraceptivos hormonais até cirurgias.

Independentemente da causa da sua cólica menstrual, o fato é que ela não deve ser minimizada, se é algo que te afeta. Procure seu ginecologista para que encontrem, juntos, a melhor alternativa para você ter uma relação mais saudável com o seu ciclo menstrual!

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.