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Sagrado feminino, o que é

7 de set de 2022
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Entenda como o estudo do sagrado feminino pode te ajudar na relação com a sua menstruação

O estudo do sagrado feminino vem crescendo e trazendo para meninas e mulheres autoconhecimento e cuidado com o corpo. Ele ajuda a quebrar estigmas da sociedade e a trazer o autocuidado. Pode, ainda, transformar a maneira como você vivencia o seu ciclo menstrual. Vamos nos aprofundar no assunto? 

 

 

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Sagrado feminino e o empoderamento da mulher

Talvez você já tenha ouvido falar sem sagrado feminino, talvez não. Caso ainda não tenha se aprofundado no tema, só passado por ele, pode ter ficado com a impressão de que é algo que cultua a mulher como deusa no lugar dos homens, ou algo que tenha relação com as bruxas da Idade Média, muitas delas queimadas nas fogueiras da inquisição. Mas pera, que vamos explicar melhor.

 

Para explicar o sagrado feminino como o entendemos hoje, precisamos combinar as duas ideias acima (deusas e bruxas, sim, há algo que passa por aí) e algumas outras compostas por "novos padrões". Resumindo com um pouco de simplicidade, o sagrado feminino é a nossa conexão com a nossa energia feminina, com o nosso corpo e com a natureza. Esse movimento de conexão pode ser muito poderoso, pois ajudar a gente a se libertar de padrões sociais impostos com os quais não concordamos e nos empoderar para viver esse nosso ser feminino ao máximo.

 

Como começar a conexão com o sagrado feminino

A conexão com a nossa energia feminina pode começar com práticas bem simples, como meditar, conversar com outras mulheres para trocar experiências. Vale, inclusive, pesquisar se na sua cidade há encontros do sagrado feminino.

 

Outra prática que ajuda nessa conexão com você mesma é observar a relação entre o seu calendário menstrual e as fases da lua. Isso porque os ciclos femininos têm uma duração aproximada ao ciclo lunar e, por isso, muitas práticas alternativas de conexão interior e da mulher com a natureza fazem essa associação da lua com a nossa energia feminina. 

 

Essa conexão interior, com o nosso corpo e a natureza também pode nos conectar com as nossas energias ancestrais (sim, de mulheres da nossa família que vieram antes da gente!), o que acaba por nos conectar a todo o universo. Sim, tem um quê de misticismo em tudo isso, mas pode fazer sentido. Pensa, por exemplo, que muitas dessas mulheres antigas cresceram ouvindo que menstruação é algo sujo, que deve ser escondido. Será que isso não está aí, guardado em você, no seu subconsciente, de alguma forma? Trazer para a consciência é o primeiro passo para a mudança.

 

O sagrado feminino e a menstruação

Ao reaprender que os elementos do ciclo menstrual são parte da nossa saúde e da nossa natureza, a gente, de alguma forma, ganha o benefício de poder aliviar pequenos problemas que podem ser causados pelo ciclo – entendendo, por exemplo, que se recolher quando a menstruação chega pode aliviar desconfortos, e que não é preciso se forçar a fazer nada quando a cólica ou a TPM estiverem gritando. É o autoconhecimento a nosso serviço 😊

 

Só um ponto de atenção: não estamos falando aqui de usar apenas terapias alternativas para resolver problemas que exigem intervenções médicas, como endometriose ou síndrome de ovário policístico, ok? Mas olhar para as práticas ancestrais como possibilidade de remédio natural para os desconfortos do ciclo é um jeito de analisar esses problemas por outra perspectiva. 

 

Com essas pequenas "bruxarias" (ou essa conexão interna, melhor dizendo), você passa a se conhecer mais e percebe a influência do seu ciclo em você e também do universo (a natureza, os astros etc) no seu organismo. Com essa observação toda, acaba descobrindo formas diferentes de se amar e se cuidar, independente dos outros ou do que o padrão social impõe como regra.

 

Porque o sagrado feminino também é sobre isso: se acolher mais e deixar de lado modelos e escolhas que não sejam seus, que não façam sentido pra você. É uma quebra de estigma isso tudo, trazendo muito mais liberdade e autonomia em todos os aspectos da nossa vida.

 

Isso, além de ser libertador pra gente, nos faz olhar com muito mais empatia para todas as outras mulheres, e sororidade também é algo de que o mundo está precisando. 

 

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O sagrado feminino e a autoestima

Pouco a pouco, toda essa jornada de olhar para si te leva a conhecer a deusa que habita em você - outro pilar da filosofia do sagrado feminino. Chegar nesse estágio é entender e abraçar toda a força da mulher que você é, e isso te empodera, te ensina a valorizar tudo (e todas) que você é, ajudando não só a sua autoestima, mas nas realizações que você já conseguiu e as que ainda vai conseguir. 

 

É uma outra forma de se valorizar e se amar, diferente daquele modelo em que a gente busca constantemente a validação por terceiros. É bom a gente pontuar que essa validação é um aspecto importante da construção da nossa identidade, como parte de uma comunidade, mas ela não pode ser a única forma de nos vermos, tá? Um exemplo clássico é a pessoa que só se acha bonita quando recebe elogios, ao invés de se achar bonita pelo que vê no espelho. Deu pra entender?   

 

A partir do momento que a gente consegue se libertar desse tipo de amarra, também entende os nossos limites e passamos a ser mais gentis com a gente mesmo, seja para estabelecer planos reais, acolher as nossas falhas ou para reconhecer todas as nossas conquistas e as nossas capacidades. E aí fica muito mais fácil acreditar na gente, fazer aquela revolução na nossa autoestima e turbinar o nosso amor próprio de um jeito incrível. 

 

Para começar a praticar tudo isso, uma dica é procurar por grupos de sagrado feminino nas redes sociais, ou pedir indicação para as amigas. Você vai começar a se conectar com outras mulheres que já estejam nesse caminho e mais familiarizadas com os conceitos do sagrado feminino. Sim, porque não rola entender tudo assim, de cara, num primeiro contato. E é preciso experenciar o sagrado feminino. Bora?

 

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Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.


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