Ilustração mulher tapando os ouvidos com balões de diálogo com X

Dia da Menstruação ou MHD - desmistificando o ciclo feminino

23 de mai de 2022
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O MHD (ou dia da higiene menstrual) é uma data para se falar sobre o ciclo feminino e lutar contra a pobreza menstrual

Você sabia que existe o Dia da Menstruação? Isso mesmo! 28 de maio foi estabelecido como o Dia Internacional da Higiene Menstrual ou Menstrual Hygiene Day (MHD, na sigla em inglês). A proposta da data é falar sobre os estigmas que cercam o ciclo menstrual feminino e trazer mais informações sobre o tema.

 

desenho com várias figuras relacionadas a menstruação: um pacote de absorvente, um coletor menstrual, um absorvente interno, etc

 

MHD: Desmistificando a menstruação

O MHD foi criado pela ONG alemã Wash United – Wash é uma sigla para Water, Sanitation and Hygiene, em inglês. A proposta da data é quebrar os estigmas em torno do período menstrual. Mas mais importante ainda: a instituição tem como principal objetivo convocar cada vez mais pessoas para o compromisso de, até 2030, construir um mundo onde nenhuma mulher ou menina deixe de fazer algo que queira por estar menstruada.

 

Menstruar faz parte da vida adulta da mulher. Por isso mesmo é algo que deve ser encarado como natural (o que de fato é) e que não tem qualquer motivo para vergonha. Pode parecer impensável, mas ainda hoje, em muitas culturas, a menstruação é vista como motivo para excluir e discriminar meninas e mulheres.

 

Pobreza menstrual: o grande desafio a ser vencido

Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada dez meninas em todo o mundo falta às aulas durante o período menstrual. No Brasil, esse número é ainda maior: uma entre quatro estudantes já deixou de ir à escola por não ter absorventes.

 

A própria ONU, desde 2014, considera o acesso à higiene menstrual um direito que deve ser tratado como questão de saúde pública e de direitos humanos. E esse é, realmente, um grande desafio que exige ações urgentes ou jamais teremos uma sociedade em que mulheres têm as mesmas oportunidades que os homens.

 

Para se ter uma ideia, 713 mil meninas brasileiras vivem sem banheiro ou chuveiro em casa. Acesso a produtos de higiene, como sabonetes e absorventes, então nem se fala... já dá pra imaginar, né? Sem essas condições mínimas para uma vida digna, as mulheres acabam sofrendo sérias consequências, que afetam sua educação, trabalho e a própria saúde.

 

Uma pesquisa do Unicef, ligado à ONU, mostra que meninas perdem até 45 dias de aula por ano por não terem acesso à higiene adequada durante a menstruação. A parcela que mais sofre com a pobreza menstrual é formada por mulheres e meninas negras, aumentando ainda mais o abismo social existente entre brancas, pretas e pardas.

 

desenho de uma mão erguida com o pulso fechado

 

Quebrar estigmas e preconceitos para mudança de cenário

Muito além da falta de condições de comprar itens de higiene pessoal, a pobreza menstrual ainda expõe como a menstruação é vista na sociedade, repleta de estigmas e falta de informação. Esses problemas só serão resolvidos a partir do momento em que a menstruação for tratada como algo prioritário na saúde pública e longe de qualquer preconceito.

 

Com conscientização, a menstruação será tratada, cada vez mais, como algo natural, que não deve ser acompanhado de vergonha ou medo e o mais importante: que não seja visto como “problema de mulher” e, sim, uma questão de toda a sociedade.

 

Você já presenciou alguma situação em que uma mulher sofreu preconceito ou foi impedida de fazer algo por estar menstruada? Se sim, conta aqui nos comentários - vamos falar sobre o assunto!


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