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Violência de gênero é coisa séria, e mais comum do que se pensa

26 de jan de 2023
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Você sabe o que é violência de gênero? Neste artigo te contamos quais são os tipos mais comuns de violência de gênero contra a mulher. Vem saber mais sobre o tema!

Você já deve ter ouvido alguém mais velho dizer que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, e essa frase não poderia estar mais errada. Quando uma relação envolve violência de gênero, seja de que tipo for, deve-se, sim, meter a colher, a tampa, a panela e o que mais for necessário.

 

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Para se ter noção de como esse triste cenário é comum, no primeiro semestre de 2022, a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) registrou 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres.

 

Em 2021, 1.341 mulheres foram mortas pelo fato de serem mulheres, o chamado feminicídio, sendo esse o resultado final de um ciclo de violências que costuma começar muito antes do primeiro empurrão ou tapa. 

 

Quais são os tipos de violência de gênero?

Segundo a Lei Maria da Penha, existem cinco tipos de violência de gênero contra a mulher. São eles:

 

 
  • Violência física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. Exemplos: espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões, com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo e tortura.

  • Violência psicológica: qualquer conduta que cause danos emocionais e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Exemplos: ameaças, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insultos, chantagem, exploração, limitação do direito de ir e vir, ridicularização e prática de gaslighting.

  • Violência sexual: qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, fazendo uso de intimidação, ameaça, coação ou uso da força. Exemplos: estupro, obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa, impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar, forçar o casamento, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação, limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher.

  • Violência patrimonial: ação que tenha como consequência retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos. 

  • Violência moral: qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria, como expor a mulher, acusar de traição, emitir juízos morais sobre a conduta, rebaixar por meio de xingamentos que incidem sobre a sua índole, entre outros.

 

 

Como pode-se ver, são muitas as camadas de violência contra a mulher e, dificilmente, ela se manifesta uma única vez e de apenas uma maneira. 

 

Denuncie a violência de gênero contra a mulher

Sair desse ciclo de violência está longe de ser algo fácil e exige muita coragem. São vários os fatores que impedem a maioria das mulheres de denunciar o que passam, como:

 

 
  • Envolvimento emocional com o agressor;

  • Dependência financeira;

  • Relacionamentos abusivos;

  • Falta de credibilidade perante outras pessoas.

 

 

No entanto, a denúncia oficial é, ainda, o melhor meio para preservar a sua integridade física e impedir que outras mulheres passem pela mesma situação.

 

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Por isso, se você ou alguém próximo estiver passando por uma violência de gênero, saiba que é possível denunciar por meio da Central de Atendimento à Mulher (180), que registra e encaminha as denúncias aos órgão competentes.

 

Lembre-se: você não está sozinha e vai conseguir sair dessa! 💙

 

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast. Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.


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