Pessoas não-binárias não se identificam com um só gênero. Bora entender!

Não é novidade que, quanto mais falamos sobre um tema, menos estigmas ficam ligados a ele. Por isso, é tão importante abordar tudo o que envolve o universo LGBTQIAP+ e, com isso, combater o preconceito ainda tão latente em nossa sociedade, quando o assunto é sexualidade e identidade de gênero. 

Afinal de contas, estamos no Brasil, país que mais mata pessoas dessa comunidade em todo o mundo. E, hoje, vamos falar sobre uma dessas letras. Você sabe o que são pessoas não-binárias?

Afinal, o que é uma pessoa não-binária?

A não-binariedade é um termo guarda-chuva, ou seja, abrange outros conceitos que vamos aprofundar ao longo deste artigo. Mas, de forma geral, refere-se a uma pessoa que não se identifica com os gêneros feminino e masculino em parcialidade ou totalidade. Achou complicado? Calma! Vamos descomplicar!

Nós vivemos em uma sociedade em que as pessoas são identificadas ao nascer, pelo gênero feminino ou masculino, levando em consideração o seu órgão sexual. Até aí, nenhuma dúvida, certo?

No entanto, assim como há pessoas trans, que são aquelas que se identificam com um gênero diferente daquele que lhe foi designado, há também as não-binárias, que não se identificam exclusivamente como homens ou mulheres. 

Por isso, é comum que essas pessoas prefiram usar os pronomes neutros, como "elu/delu" (em português) ou "they/them" (em inglês).

Tipos de não-binaridade

Lembra que falamos no início do artigo que se trata de um termo guarda-chuva? Isso porque existem diversas formas de não-binaridade, que variam de acordo com a forma com que a pessoa melhor se identifica. Alguns deles são:

São muitas as identidades, sejam ela binárias ou não-binárias. Por isso mesmo, é bem natural que você se questione em algum momento e não saiba de que forma se identifica. 

Às vezes, o processo é mesmo longo e confuso. Mas, vai melhorar, tá? Converse com pessoas que você confie, pesquise sobre pessoas da comunidade e permita-se experimentar e viver da forma que te faça mais feliz! Você não está sozinhe.

A identidade de gênero tem relação com a orientação sexual?

Não, são coisas diferentes! Identidade de gênero é como a pessoa entende seu próprio gênero, como ela se vê e se mostra para a sociedade. Já a orientação sexual é como alguém se relaciona com outras pessoas sexual e afetivamente.

14 de julho: dia internacional das pessoas não-binárias

Desde 2012, o dia 14 de julho é considerado o Dia Internacional do Orgulho e Visibilidade Não Binária.

A data foi escolhida foi uma razão curiosa: ela fica exatamente a meio caminho entre o Dia Internacional da Mulher (8 de março) e o Dia Internacional do Homem (19 de novembro).

Ter um dia especial para pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+ não é algo sem importância. Nesse caso, por exemplo, é usada para trazer visibilidade para as diversas identidades de gêneros fora da normatividade binária (feminino e masculino) e é uma forma de legitimar essas vivências, além de combater preconceitos que, acima de tudo, aniquilam as existências dessas pessoas.

Por mais que seja difícil compreender alguns termos, o mais importante de tudo é bem simples: respeito! O mundo seria tão melhor se todos respeitassem as orientações sexuais, escolhas e identidades de cada um, né? 

E por mais utópico que possa parecer, podemos – e devemos - celebrar todas as conquistas para alcançar uma sociedade em que prevaleça a aceitação. Ter um espaço, como a comunidade de Kira, para falar abertamente sobre esses temas, já é uma evolução e tanto!

Vamos juntes, sem desistir, abrir mais mentes e caminhos, que o arco-íris da diversidade vai ficar cada vez mais colorido! Que tal deixar seu depoimento de apoio à comunidade LGBTQIAP+ nos comentários?

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.