Ilustração de mulher negra, cabelos escuros na altura do ombro, blusa vermelha de manga comprida e calça escura. Ela está com as mãos na cintura e olhando para o lado

Movimento feminista no Brasil: o que está sendo feito pelos direitos das mulheres

16 de out de 2023
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Você conhece o movimento feminista no Brasil? Te mostraremos a evolução do feminismo no Brasil e quais são as suas principais causas

Uma das nossas pautas preferidas aqui nesta comunidade é o feminismo - e não teria como ser diferente. Ele está em tudo que a gente conversa aqui! Em quando falamos sobre menstruação, sobre saúde feminina, sobre sexualidade... Cada tema que cerca o universo feminino só pode ser debatido e esclarecido hoje porque, em algum momento da história, uma feminista levantou a voz e lutou por esse direito.

  

E para lembrar que cada conquista que temos foi fruto de muita luta vamos exaltar o movimento feminista no Brasil. Vem com a gente?

 

Ilustração com duas mulheres em uma escada, uma está dando apoio para a outra subir.

 

Surgimento do feminismo no Brasil

Antes de tudo, precisamos falar que, de forma geral, onde há mulher, há repressão. Essa é a verdade. E, por consequência, também há resistência. Isso já há bastante tempo!

 

Falando do feminismo enquanto um movimento, ele teve início durante o século 19 com a luta pela educação feminina, direito ao voto e abolição dos escravizados.

 

Para Celi Pinto, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e autora de "Uma História do Feminismo no Brasil", o movimento feminista no Brasil no século 20 se divide em pelo menos dois momentos. 

 

O primeiro deles começa com a bióloga Bertha Lutz que, em 1928, trouxe da Europa as ideias do movimento sufragista inglês. Do avião em que sobrevoava o Rio de Janeiro, Bertha jogou panfletos que diziam: "As mulheres já podem votar em trinta países e em um estado brasileiro. Por que não hão de votar em todo o Brasil?"

 

Dessa ação, justamente com outras que se sucederam posteriormente com outras companheiras, houve a importante conquista do Código eleitoral de 1932, o primeiro a assegurar direito ao voto às mulheres brasileiras — desde que fossem assalariadas e alfabetizadas. Aqui temos as origens do movimento feminista no país.

O segundo momento defendido por Celi ocorre durante a ditadura militar, quando intelectuais brasileiras exiladas em países da Europa se reuniam em grupos para discutir os direitos das mulheres, e como conquistá-los.

 

A evolução dos movimentos feministas no Brasil

Precisamos destacar que o movimento feminista no Brasil durante o século 20 ainda se mantinha muito branco e elitizado. Enquanto mulheres brancas lutavam pelo direito ao trabalho, por exemplo, as mulheres negras, desde os tempos da escravidão, já eram exploradas, com pouquíssimos direitos (ou nenhum).

    

No final dos anos 80, houve uma mobilização dos movimentos feministas para que a Constituição de 1988 contemplasse direitos às mulheres. Foi só aqui que a legislação passou a reconhecer a igualdade de direitos e obrigações entre homens e mulheres. 

 

Bem... mas na prática sabemos que isso ainda hoje não funciona em plenitude, né? 

 

E para reforçar o abismo que ainda existe entre mulheres brancas com maior poder econômico, daquelas pretas e pobres, é importante lembrar que, apenas em 2013, a Constituição Federal foi alterada para estabelecer a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos (que sabemos ser majoritariamente feminino) e os demais trabalhadores urbanos e rurais. 

 

Foram apenas nas últimas décadas que surgiram relevantes movimentos feministas negros e voltados para a comunidade LGBTQIAPN+.  

 

Ainda temos, sim, muito pelo que lutar, mas não podemos esquecer de tudo o que já conquistamos e, com isso, celebrar aquelas que vieram – e tanto fizeram - antes de nós.

 

As reivindicações do movimento feminista no Brasil atualmente

A luta feminista continua mais forte do que nunca. As pautas, hoje, alcançam um público cada vez mais novo e crítico com as disparidades estabelecidas pelo patriarcado. 

 

Atualmente, a descriminalização do aborto, as altas taxas de feminicídio e os números de vítimas de estupro são pautas recorrentes. 

 

Mas é preciso lembrar que mesmo aqueles direitos já conquistados podem nos ser tirados a qualquer momento. Por isso, como dizia Gal, é preciso “estar atenta e forte”. Sigamos juntas e que “comece o matriarcado”

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.

 

 

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