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Violência sexual, tipos e como identificar esse abuso

21 de set de 2022
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Saiba como identificar os principais tipos de violência sexual e veja os canais de denúncia para esses casos

Um em cada sete adolescentes já sofreu algum tipo de violência sexual. Assustador, né? Esse é um dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em junho de 2022.

 

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E os números não param por aí. Segundo o Fórum de Segurança, de 2020 para 2021 houve um aumento no número de estupro de vulnerável, saindo de 43.427 para 45.994. Desse total, 61,3% foram cometidos contra meninas menores de 13 anos (um total de 35.735 vítimas).

 

As características-padrão dos criminosos dão um importante alerta: homem (95,4%) e conhecido da vítima (82,5%), sendo que 40,8% eram pais ou padrastos; 37,2% irmãos, primos ou outro parente e 8,7%, avós.

 

O que é violência sexual

Mas, antes mesmo de falarmos sobre a importância de fazer denúncia nesses casos e quem procurar, precisamos apontar os tipos de violência sexual existentes. Você sabia que não é só quando há penetração que ela acontece? 

 

A violência está presente diante de qualquer ação que constranja a pessoa, como presenciar, manter ou participar de uma relação sexual não desejada, sendo usados artifícios como intimidação, ameaça, coação ou força.

 

Segundo o Instituto Maria da Penha, os principais tipos de violência sexual são:

 

  • Estupro

  • Obrigar a mulher a fazer atos sexuais que causam desconforto ou repulsa

  • Impedir o uso de métodos contraceptivos ou forçar a mulher a abortar

  • Forçar matrimônio, gravidez ou prostituição por meio de coação, chantagem, suborno ou manipulação

  • Limitar ou anular o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos da mulher

 

 

É importante destacar que, quando o parceiro sexual retira o preservativo durante a relação, sem autorização da outra pessoa, também é uma violência chamada stealthing.

 

Outros tipos de violência sexual

A lista continua, viu. Dá uma olhada.

 

  • Assédio sexual: expresso em forma verbal, não verbal ou física, é caracterizado por um comportamento sexual indesejado. Na maioria das vezes, é baseado em uma posição de poder do agressor com a vítima. Por exemplo: um chefe com sua funcionária.

  • Abuso sexual verbal: são aquelas falas com conotação sexual direcionadas, especialmente, para crianças e adolescentes. Exemplo: telefonemas obscenos. 

  • Exibicionismo e voyeurismo: no exibicionismo, o agressor mostra os órgãos genitais ou se masturba em frente à vítima. Já no voyeurismo o agressor observa fixamente atos sexuais ou órgãos genitais de outras pessoas quando elas não desejam ser vistas. Quando os dois atos não são consentidos, viram uma violência. 

  • Exibição de material pornográfico: quando o agressor obriga as crianças e adolescentes a assistirem filmes e outros materiais pornográficos.

 

 

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Principais sinais de violência e abuso sexual

Vale conhecer sinais que podem indicar que uma pessoa está sofrendo abuso sexual. São eles:

 

  • Hematomas e fraturas 

  • Uso de roupas longas, mesmo no calor

  • Queimaduras constantes

  • Mudanças bruscas de comportamento (fica mais agressiva ou quieta e triste)

  • Mudanças no padrão de alimentação ou sono

  • Regressão de comportamento

  • Atrasos no desenvolvimento

  • Comportamento sexualizado e inadequado para a idade

  • Demonstração de medo diante de algum adulto próximo à família.

 

 

Como denunciar a violência sexual?

Saiba quem procurar diante de um caso de violência sexual:

 

 
  • Polícia Militar 190

  • Samu – 192 (em caso de necessidade de atendimento urgente)

  • Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres

  • Qualquer delegacia de polícia

  • Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa

  • Conselho tutelar

  • WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008

  • Ministério Público

 

 

Se você estiver passando por uma situação dessas ou tem alguém próximo sofrendo violência, não deixe de denunciar. Peça ajuda na sua escola, se não se sentir confortável de conversar com seus responsáveis legais. Você não está sozinha! 💛

 

Tati Barros

Jornalista mineira, com mais de dez anos de experiência. É criadora e apresentadora do podcast Solteira Profissional, que aborda o universo de relacionamentos e sexualidade. Produz conteúdos para diversos veículos e formatos, com foco, especialmente, nas editorias de saúde, bem-estar e comportamento. Tem um grande interesse em pautas feministas e sempre está envolvida com essa temática.


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